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A placenta prévia ou placenta baixa, como também é chamada, é uma complicação durante a gestação que pode causar riscos ao bebê e à mãe. Para falar sobre o assunto, o ginecologista e obstetra Dr. Rogério Tabet (CRM:97801), do Sistema Público de Saúde, explicou o que é, citou as causas mais comuns e indicou os tratamentos. Confira!
O que é a placenta prévia?
De acordo com o obstetra, a placenta prévia é a placenta de inserção baixa intrauterina, ou seja, quando a placenta está inserida total ou parcialmente na parte inferior do útero. Geralmente, essa complicação é identificada no segundo trimestre de gestação e acontece, normalmente, devido “às incidências de anormalidades e más formações uterinas”, completou. Além disso, outras causas também podem estar relacionadas conforme descritas abaixo:
7 causas mais comuns da placenta prévia
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- Muitas gestações anteriores;
- Gestação gemelar;
- Processos invasivos e intrauterinos;
- Procedimentos cirúrgicos uterino, como miomectomia;
- Curetagem pós-aborto;
- Cesárias anteriores;
- Casos de placenta prévia anterior.
Você já conhece as principais causas, entretanto, há alguns tipos de placenta prévia. Saiba mais a seguir!
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Os tipos de placenta prévia mais comuns
O obstetra informou que existem três tipos de placenta prévia mais comuns, classificadas de acordo com a sua localização no útero, são elas:
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Placenta prévia marginal
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De acordo com o Dr. Rogério, a placenta prévia marginal ou lateral encosta no orifício interno do colo uterino. “O orifício interno é onde se faz contato direto com o bebê, e no orifício externo é feito o toque vaginal ou o exame de papanicolau, por exemplo”.
Placenta prévia parcial
Como explicou o obstetra, “a placenta prévia parcial é aquela que não cobre totalmente o orifício interno do colo.” Nesse caso, quando a gestante entrar em trabalho de parto, cabe uma avaliação obstétrica com a paciente para verificar qual a melhor via de parto.
Placenta prévia centro total
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Já a placenta prévia centro total, o médico informou ser “aquela que recobre totalmente o colo uterino”. Nesse caso, é uma condição mais grave, a mulher não pode entrar em trabalho de parto e não pode ser feito nenhum tipo de exame de toque vaginal. “Em hipótese alguma pode ser realizado o toque vaginal pelo risco de sangramento”, alertou.
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Após conhecer os tipos de placenta prévia, continue a leitura para conferir como identificar a condição e como o diagnóstico é feito.
Como identificar a placenta prévia
De acordo com o obstetra, “em muitos casos, é assintomático, em outros, a gestante pode apresentar um leve sangramento vermelho vivo contínuo ou intermitente sem dores”. O diagnóstico “é feito basicamente por ultrassom obstétrico ou transvaginal, porém, vale ressaltar, o exame é realizado acima de 20 semanas de gestação”, completou.
Como funciona o tratamento da placenta prévia
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O Dr. Rogério explicou que não é bem um tratamento, mas, sim, a condução e evolução do pré-natal, ou seja, o obstetra avaliará qual a condição da gestante. “Nos casos em que a grávida está com a placenta centro total, a mulher não pode entrar em trabalho de parto, sendo indicado a cesariana. Agora, a placenta marginal e semitotal, o obstetra analisará as condições para um parto normal ou não”.
Além disso, dependendo do diagnóstico, que “também é feito por ressonância nuclear magnética para avaliar a profundidade da implantação placentária, pode ser necessário realizar histerectomia puerperal e transfusão de sangue”. Outro fator é a questão da prematuridade, pois “se ocorrer sangramento contínuo e houver viabilidade fetal com a vitalidade pulmonar, o parto deve ser antecipado”, acrescentou o médico.
5 cuidados que a grávida deve ter quando está com placenta prévia
Existem alguns cuidados importantes que a gestante deve tomar quando está com a placenta prévia. O obstetra citou alguns para evitar possíveis complicações. Confira:
- Atividade física: o especialista informou que a grávida deve evitar exageros. Nesse caso, ele orientou a não fazer exercícios físicos e realizar apenas caminhadas, conforme orientação do médico”;
- Relação sexual: segundo o Dr. Rogério, “o principal cuidado é não ter relação sexual porque há risco de descolamento e sangramento”;
- Ficar muito tempo em pé: “permanecer muito tempo em pé é outro cuidado que qualquer gestante deve ter, sobretudo, quem está com a placenta baixa”, citou o médico;
- Esforço físico: não é recomendado “realizar nenhum tipo de esforço físico”, alertou o especialista. Então, é necessário evitar qualquer atividade que possa desencadear sangramentos;
- Toque vaginal: o obstetra alerta que “em hipótese alguma pode ser realizado o toque vaginal devido ao risco do sangramento. O diagnóstico deve ser feito por ultrassonografia”.
O especialista explicou que medidas como “elevar as pernas não melhoram e nem evitam o prognóstico. Já o afastamento do trabalho só é feito em casos isolados, quando é necessário a internação da paciente devido à sangramento contínuo e patologias associadas”.
Mais dúvidas sobre placenta prévia respondidas pelo obstetra
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Quem tem placenta prévia pode entrar em trabalho de parto?
Rogério Tabert (RT): se for a placenta prévia centro total, não, é necessário realizar a cesariana absoluta. No caso da parcial e da marginal, cabe a avaliação obstétrica com a paciente em respeito à humanização e a estratégia da via de parto.
Quem já teve pode engravidar de novo?
RT: pode, sem dúvida alguma. Obviamente que a incidência em quem já teve é um pouco maior e será diagnosticada após a vigésima semana pelo ultrassom. Porém, pode haver exceções nos casos de gravidez de extrema alto risco ou abortos e má formações importantes uterinas. Enfim, em hipótese alguma, não podemos desencorajar a mulher de engravidar. Isso é humanização.
Existem riscos para a mãe?
RT: devido ao sangramento contínuo pode ser necessário realizar a cirurgia de histerectomia e as complicações pós-histerectomia puerperal pode até levar ao óbito. Não é comum, mas também pode ocorrer sangramento pós-operatório.
Existem riscos para o bebê?
RT: no caso de placenta prévia centro total, se houver sangramento contínuo, pode ser necessário realizar a cesariana e retirar o bebê prematuro. Então, o sangramento ou prematuridade é a principal causa de complicações fetais.
Como dormir?
RT: a maneira de dormir não influencia em absolutamente nada. Obviamente que toda gestante é orientada a dormir em decúbito lateral esquerdo (DLE) para evitar a compressão da artéria. Mas, a gestante pode dormir em decúbito lateral direito e de barriga para cima, de vez em quando. No entanto, o DLE é o mais comum.
É válido ressaltar a importância de realizar o pré-natal, pois, assim, é possível detectar doenças que podem afetar o desenvolvimento saudável do bebê e complicações que afetam a saúde da gestante. Aproveite e saiba mais sobre hemorroida na gravidez, quais os sintomas e como prevenir esse incômodo.
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Erika Balbino
Formada em Letras e pós-graduada em Jornalismo Digital. Apaixonada por livros, plantas e animais. Ama viajar e pesquisar sobre outras culturas. Escreve sobre diversos assuntos, especialmente sobre saúde, bem-estar, beleza e comportamento.